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O aumento do consumo de orgânicos

As mudanças nos hábitos das pessoas em função da pandemia impactaram de forma positiva o consumo de produtos orgânicos, segundo pesquisa feita pela Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), a entidade calculou que este segmento de mercado movimentou R$ 4,5 bilhões com a venda de produtos e US$ 190 milhões com exportações.

Segundo a associação, o ano de 2019 foi bom para os produtores de orgânicos, com crescimento de 10% a 15% na oferta. Para 2020 a expectativa é de manter a mesma taxa, porém, no primeiro semestre o aumento foi superior a 50% somente no varejo, o que fez com que o setor tivesse de rever processos e logística para atender a procura. Alguns produtores triplicaram a produção e a entrega de cestas mais do que duplicou com vendas online e delivery. Segundo a Organis, outro sinal de aumento no interesse pelos produtos orgânicos foi o número de acessos ao site da associação, que ultrapassou 20 mil visitas por mês.

Esses dados confirmam que a busca por um estilo de vida saudável e consumo consciente estão ganhando cada vez mais espaço e atenção da sociedade. Isso tem reflexos em toda a cadeia de valor agropecuária, que precisa se ajustar para atender a crescente demanda de consumidores mais exigentes em relação a produção sustentável de alimentos.

Uma das vantagens dos produtos orgânicos é que costumam ter uma cadeia de comercialização curta, com baixo nível de intermediação, muitas vezes diretamente entre a roça e as redes de supermercado ou mesmo direto ao consumidor. Nessa linha também pode se considerar as hortas urbanas que tem ocupado cada vez mais espaço nas cidades, inclusive algumas sendo cultivadas em casa.

Isso demonstra o potencial do agronegócio além das commodities agrícolas, aproximando o consumidor do produtor rural e ampliando a conscientização sobre a importância deste setor para a economia e saúde das pessoas. Esse é o agro brasileiro, sempre em frente e confiante!

Fabio H. Pereira – Engenheiro Agrônomo, MSc

Roberto G. Pereira – Economista e Contador

Paulo A. Pereira – Engenheiro Agrônomo e Especialista em Manejo de Solo